Publicado em 24/06/2022O município de Carazinho, no Rio Grande do Sul, o terceiro maior Estado produtor de leite do país, viveu nesta semana um problema causado pela diminuição da oferta de matéria-prima na praça. Desde segunda-feira, a unidade do laticínio Bela Vista, dono da marca Piracanjuba, reduziu temporariamente suas operações locais. Tradicional na região, a fábrica já esteve sob gestão da Parmalat e depois passou às mãos da suíça Nestlé - neste caso, até 2019.
Por falta de leite suficiente no campo, a companhia decidiu suspender a produção de leite UHT, creme de leite, achocolatado e leite condensado na fábrica. Apesar disso, a empresa informa que continuará operando no país com capacidade de processamento similar, de 6 milhões de litros por dia.
O comunicado distribuído aos pecuaristas da região informou que, apesar da redução de atividades, ficará mantida “a parceria com mais de 8 mil produtores que fornecem leite para o portfólio com mais de 180 produtos”.
A planta não vai parar totalmente, já que seguirá produzindo soro desmineralizado - o que possibilitará manter “boa parte dos postos de trabalho”. Em resposta enviada ao Valor, a companhia disse que a unidade emprega 190 colaboradores e que as equipes poderão ser realocadas, conforme critério de escolha dos trabalhadores, para seis fábricas - em Santa Catarina, Paraná, Goiás, Minas, São Paulo e Rio - ou, ainda, para 12 postos de recepção de leite.
Com a mudança, o leite coletado na região será enviado às unidades de São Paulo das Missões e de Nova Ramada, também no Rio Grande do Sul. A fábrica foi modernizada nos últimos dois anos, e será mantida. Ainda segundo a nota do laticínio, “a expectativa é que, em um curto prazo, a produção leiteira da região volte ao normal, permitindo o pleno restabelecimento da produção da unidade”. Com informações do Valor.