Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
230,00 218,00 213,00
GO MT RJ
213,00 212,00 213,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1740,00
Garrote 18m 2115,00
Boi Magro 30m 2520,00
Bezerra 12m 1360,00
Novilha 18m 1670,00
Vaca Boiadeira 1915,00

Atualizado em: 19/4/2024 10:01

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Pecuaristas assumem abate e cancelam frigorífico

 
 
 
Publicado em 30/03/2021

Enquanto muitos pecuaristas brasileiros lutam para fazer valer cada centavo da carne dos animais que vendem para a indústria, para um seleto grupo essa queda de braço com a indústria é coisa do passado. Organizados em cooperativas e associações, esses produtores investiram nos últimos anos na verticalização da atividade e, hoje, abatem, processam e distribuem a própria carne.

Cada grupo tem a sua forma de assumir o abate do próprio gado. Como precisam da estrutura do frigorífico, apenas pagam para utilizá-la. O abate é feito na unidade, mas não está ligado a uma operação de compra e venda de animais. O objetivo é reduzir a dependência da indústria ao mesmo tempo em que não precisam arcar com custos nem riscos de se manter uma planta de processamento de carne.

“O frigorífico é um pepino gravíssimo para o produtor rural. Nós também fomos mexer com isso porque, quando entramos nesse negócio, pagava-se rendimento de carcaça de animal macho de no máximo 51% aqui na região”, conta Luiz Carlos Braga, presidente da Maria Macia, em Campo Mourão (PR).

Uma das primeiras cooperativas de pecuaristas a assumir o próprio abate no país, ainda em 2003, o grupo aumentou em dez vezes o volume médio em seis anos, reunindo produtores com índices de produtividade de mais de 40 arrobas por hectare ao ano. Hoje, paga até 56% de rendimento de carcaça a seus cooperados. O caminho, contudo, não foi fácil.

“Enfrentamos um mercado completamente desconhecido e, de certa maneira, era uma picada no mato. Nós sabíamos onde chegar, mas não tínhamos uma bússola ou um caminho delineado”, lembra Braga.

Além da tecnificação da produção, os desafios para assumir os demais elos da cadeia de produção da carne também envolveram desenvolver estrutura própria de distribuição e enfrentar um mercado dominado por gigantes multinacionais. “Não é uma coisa assim tão fácil porque existe todo um trabalho de convencimento do produtor, de mobilizar o produtor e fazer com que ele entenda esse processo”, ressalta Victor Ferreira, analista de agronegócio da unidade de competitividade do Sebrae.

Ele tem atuado para auxiliar grupos de pecuaristas interessados na verticalização e explica que o processo visa a atender um mercado específico, de carne de alta qualidade e maior valor agregado. “Precisa de uma organização e um trabalho de participação deles muito forte. Desde o incremento de tecnologia, acesso a mercados, gestão financeira, tudo isso tem que ser levado em conta”, lembra Ferreira.

Em um mercado cada vez mais exigente, não só em relação à qualidade da carne, mas também quanto ao manejo, bem estar animal e sustentabilidade, a verticalização é apontada pela Embrapa como uma das “megatendências” para a pecuária nos próximos 20 anos. Segundo, Guilherme Cunha Malafaia, que estudou o assunto, a estratégia também é uma saída para reduzir a ociosidade dos frigoríficos instalados no país – atualmente em níveis historicamente altos, segundo ele.

“O que a gente vê é justamente esse movimento: de outros elos entrarem no segmento de industrialização buscando capturar valor, principalmente entre os produtores que querem trabalhar no segmento premium”, afirma o pesquisador.

Foi em busca desse mercado de qualidade que um grupo de produtores de Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, fundou a Aproccima (Associação dos Produtores Rurais dos Campos de Cima da Serra) em 2006 – inicialmente como um clube de troca de experiências e de compra de insumos, mas que logo se converteu em uma marca própria de carne.

“É o produtor dentro da associação que paga todo o sistema. Pagamos o caminhão que transporta o boi, o frigorífico que abate e o caminhão que vai distribuir a carne para o varejo. Ou seja, temos o custo dessa operação toda e pactuamos o preço com o varejo”, explica Carlos Simm, presidente da Aproccima.

Apesar das dificuldades, o controle do demais elos da cadeia tem permitido aos associados obterem remuneração até 18% acima da média do mercado. “Realmente é difícil. Não acredito que seja uma solução pronta que pode ser usada de maneira geral. É uma solução pontual, em pequena escala”, avalia o pecuarista ao destacar que a estratégia da associação tem sido atender o mercado local.

“O que nós queremos é que nas demais regiões se criem outras associações que atendam aquelas regiões. São ações regionais onde as pessoas se conhecem, onde a qualidade vem antes da quantidade e onde há poder aquisitivo para esse consumo”, explica Simm.

Ele destaca as desigualdades de remuneração na cadeia da carne. “Na realidade, todo mundo tem que ganhar dinheiro. O produtor tem que ganhar dinheiro, o frigorifico tem que ganhar dinheiro e o varejo tem que ganhar também. Mas a distribuição tem que ser a mais homogênea e justa possível”, conclui o pecuarista.

No nordeste do país, as iniciativas da Maria Macia e da Aproccima inspiraram a criação da cooperativa Cooperboi (Cooperativa do Agronegócio do Boi) há um ano, responsável pela marca Boi de Engenho, em Maceió (AL). “A gente sempre achou que, por ter um gado bom e com uma genética bem diferenciada em relação ao país, e como nossos criadores são bem tecnificados, a gente achou que poderia traçar esse caminho”, conta o cooperado Amarílio Monteiro, da fazenda Camaratuba.

Com quatro pontos de venda na capital alagoana, o grupo de 21 produtores se prepara para inaugurar uma unidade própria de beneficiamento este ano, dando um passo além na verticalização. O abate continuará sendo feito em um frigorífico terceiro, mas, de posse das carcaças, os produtores vão preparar os cortes para vender ao mercado. “Os supermercados melhores não querem mais comprar carcaças, mas os cortes prontos. Então vamos trabalhar para entregar esse produto”, revela Monteiro.

Em plena expansão, a cooperativa espera conseguir atender outras capitais do nordeste, como Aracaju em Sergipe e Recife, em Pernambuco. “A gente teve uma fase de difícil implementação que é a comercialização dos pontos e, agora que conseguimos uma razoável estabilidade no mercado, vamos partir para esse novo grande desafio, que é montar a beneficiadora e realmente ir ao mercado vendendo os cortes” lembra.

No Paraná, o veterano Luiz Carlos Braga não se arrepende do caminho traçado há quase duas décadas e que ajudou na definição da estratégia do grupo alagoano. “Eu diria que se conhecesse as dificuldades que temos hoje no que diz respeito a frigorífico eu começaria de novo apesar de tudo. Tanto que, mesmo sabendo de todas as dificuldades, a gente continua fazendo”, observa o presidente da Maria Macia. Com informações do Globo Rural.


 


   Leia também:
 
[19/04/2024] - Semana de preços firmes para o boi gordo
[19/04/2024] - Está faltando boi em São Paulo
[19/04/2024] - Leite: custo de produção volta a cair em março
[19/04/2024] - Como renegociar seu crédito rural?
[19/04/2024] - MST monta novo acampamento no RS
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal
[15/04/2024] - MST ignora Lula e invade terras em seis estados
[15/04/2024] - Como foi a semana passada no mercado do boi?
[15/04/2024] - Preço de milho despencou
[12/04/2024] - Em evento na JBS, Lula elogia os irmãos Batista
[12/04/2024] - Exportações de MS para a China podem disparar
[12/04/2024] - Brasil tenta mudar protocolo sanitário com a China
[12/04/2024] - China reduziu compras do agronegócio brasileiro
[12/04/2024] - Pecuaristas precisam ficar em alerta
[11/04/2024] - Decisão do STJ pode travar exportações de carne
[11/04/2024] - CADE atrasa compra de frigoríficos pela Minerva
[11/04/2024] - Pecuaristas de São Paulo estão desanimados
[11/04/2024] - Frigoríficos estão comprando pouco gado
[11/04/2024] - MST invade centro de pesquisa do MAPA na Bahia
[11/04/2024] - Deputados acusam Fávaro de interferência na FPA
[10/04/2024] - Crise no Agro ameaça a economia brasileira
[10/04/2024] - Lula vai visitar unidade da JBS
[10/04/2024] - Brasil continua perigosamente dependente da China
[10/04/2024] - Boi pode subir nos próximos dias
[10/04/2024] - Frigoríficos voltam a comprar em São Paulo
[10/04/2024] - Paraná retira benefícios de lácteos importados
[10/04/2024] - Produtores gaúchos pedem intervenção no leite
[09/04/2024] - As exportações vão segurar o preço do boi?
[09/04/2024] - Abates batem recorde histórico em Mato Grosso
[09/04/2024] - Estratégia de venda dos pecuaristas deu certo?
[09/04/2024] - Mercado do boi parado em São Paulo
[09/04/2024] - Como está a produção de leite no RS?
[09/04/2024] - Fávaro critica recuperações judiciais no Agro
[08/04/2024] - Produtores de leite pedem ajuda a Tarcísio
[08/04/2024] - Boi vai subir nesta semana?
[08/04/2024] - Arroba: como estão os preços em São Paulo
[08/04/2024] - Milho: compradores seguram os negócios

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br