Publicado em 22/02/2021De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de farelo de soja segue uma demanda firme com preços estáveis, um cenário altista é visto para os próximos meses. Dentre os fatores que garantem essa alta, o principal diz respeito ao atraso de safra que temos visto neste início de temporada.
“O efeito dominó para a cadeia de esmagamento é que, como há muitos contratos de soja que foram fechados no ano passado e tem que ser entregues agora, há uma disputa natural pelo mercado de exportação do grão in natura e da indústria de processamento, que nesse caso acaba perdendo, ao menos nesse primeiro momento. A exportação também pode ser vista como um fator altista, já que é previsto que a demanda continue este ano por fatores como uma menor participação da Argentina na pauta exportadora e a recuperação de plantéis suínos na China”, comenta a consultoria.
Além disso, a falta de soja nos Estados Unidos também deve elevar os preços do farelo e óleo no país, já que a exportação de soja se mantém em um ritmo acelerado e os estoques estão a níveis históricos bastante preocupantes.
No entanto, também existem alguns fatores baixistas, como as margens do mercado de carnes. “O que se tem visto é que especialmente a suinocultura, conforme mostramos em outras semanas, vem sofrendo o impacto de margens negativas mês após mês, e o setor de aves tem tido certa dificuldade em aumentar os preços para o atacado”, completa.
“Em relação ao mercado bovino, a ótica se estende aos preços que já não encontram sustentação para novas altas, já que, dentre outros fatores, as escalas de abate têm diminuído e a exportação tem seguido os primeiros meses em ritmo lento. Esperam-se por novas compras da China, mas os relatos de nossos correspondentes vêm no sentido de não haver mais animais “padrão China”, ou seja, já não temos mais condições de cumprir com certas exigências”, conclui. Com informações do Agrolink.