Publicado em 14/03/2024Diante da crescente preocupação com a alta no preço dos alimentos e seu impacto na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal promoveu uma reunião para tentar encontrar saídas para a situação.
No encontro liderado por Lula, com a presença de ministros como Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), foram discutidas estratégias para reverter a tendência de alta nos preços dos alimentos, identificada como um dos fatores para a forte queda na aprovação do presidente.
O governo espera reduzir os preços dos alimentos até abril, apostando em incentivos dentro do Plano Safra para aumentar a produção de itens básicos como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.
As questões climáticas foram apontadas como causas imediatas da alta nos preços, especialmente as altas temperaturas no Centro-Oeste e as chuvas no Sul. O governo diz ter observado uma diminuição nos preços ao produtor, especialmente do arroz, cujo preço teria caído de R$ 120 para cerca de R$ 100 por saca.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro disse esperar que atacadistas repassem essa redução aos consumidores finais. Além disso, foi destacada a intenção de reativar o papel da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para um monitoramento mais ativo do mercado.
Outras medidas incluem o estímulo à agricultura familiar e encontros com setores da agropecuária para discutir novas políticas e incentivos. A administração atual pretende utilizar o Plano Safra não apenas como ferramenta de crédito, mas também para introduzir contratos de opção e outras estratégias para garantir a estabilidade dos preços e incentivar a produção nacional.
O governo também estuda a abertura de linhas de financiamento indexadas ao dólar como forma de uma "ajuda" ao setor.