Publicado em 12/07/2018O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) consolidou na última semana o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), em Mato Grosso para o ano de 2017. O valor total ficou em R$ 63,75 bilhões, revelando certa estabilidade ante a estimativa anterior (0,4%) e um acréscimo de 13,3% em relação ao VBP do ano de 2016.
Pelo lado da agricultura, as maiores variações ocorreram na cultura do milho e do algodão, em virtude principalmente de uma melhor produção na safra 2016/17 em ambas as culturas, após terem ocorrido problemas climáticos na safra passada. Já pelo lado da pecuária, a suinocultura obteve o maior destaque em termos de variação do VBP perante o ano de 2016, com aumento de 15,5% ocasionado principalmente pelo avanço no abate de suínos e preços melhores praticados no primeiro semestre de 2017, quando se comparado ao mesmo período do ano anterior. Os dados fazem parte do Boletim da Conjuntura Econômica, divulgado na última segunda-feira. O VBP mensura a receita gerada da porteira para dentro das propriedades, levando em conta os preços médios em prática no momento da atualização das informações e os volumes produzidos.
O Imea atualizou também os números para o VBP de 2018. Em sua terceira estimativa, o VBP das principais culturas mato-grossenses registrou aumento de 5,4% perante a estimativa anterior, totalizando em números R$ 67,40 bilhões. Nesta avaliação, o VBP da agricultura e floresta teve um ‘peso’ maior para este avanço, revelando aumento de 8,3% em relação à previsão passada. “Todas as culturas avaliadas no VBP da agricultura e floresta tiveram variações positivas, isto em virtude de as previsões de produção para a safra 2017/18 estarem mais otimistas. Além disso, os melhores preços praticados nos últimos meses nas culturas da soja, milho e algodão também foram fatores para esse crescimento”, explicam os analistas.
Já no VBP da pecuária, a nova estimativa é de uma queda de 4,2%, pois o menor abate de bovinos no mês de maio, em virtude da greve dos caminhoneiros, acabou impactando em previsões estatísticas mais conservadoras. “No entanto, este cenário poderá ser revertido, devido à possibilidade de os animais que não foram abatidos em maio/18 serem realocados nos próximos meses”. Com informações do Diário de Cuiabá.